segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Reveillon 2011/12


E chegou o Reveillon. 


Como não tínhamos nenhuma referência de como os argentinos comemoravam esta data, resolvemos apostar nas informações que eu tinha recebido de que havia queima de fogos em Puerto Madero.


Saímos de casa por volta das 22:00h, caminhamos por uma cidade quase deserta até a estação de metrô. Pelo menos na região de Palermo Chico, apesar de não haver quase ninguém nas ruas nem veículos circulando, existe uma sensação de segurança que te deixa bem tranquilo mesmo nas altas horas da noite.


Depois que pagamos os 4 tickets do metrô, descobrimos que o transporte estava liberado. Uma coisa interessante do ponto de vista social, pelo menos nessas ocasiões os trens ficam à disposição da população.


Chegamos em Puerto Madero para descobrir que estávamos na terceira maior 
concentração de brasileiros no mundo, só perdendo para o Brasil (claro!) e para Nova Iorque. Tinha brasileiro saindo pelo ladrão, caindo pelas beiradas, se acotovelando. E brasileiro de todo lugar do país: carioca, paulista, nordestino, baiano, mineiro.


E enquanto a população tupiniquim entupia as ruas, os argentinos seguiam a risca a tradição do país: jantavam. Isso mesmo, eles comemoram o reveillon jantando nos restaurantes com amigos. Nada de abraços, nada de musiquinha tipo "adeus ano velho, feliz ano novo...". Nem mesmo o vestir branco faz parte da tradição.


Aí o cenário estava realmente interessante. Você consegue identificar os grupos muito facilmente e com pouca margem de erro: argentinos jantando dentro dos restaurantes; brasileiros de branco fazendo algazarra nas ruas; europeus sem qualquer formalidade e em grande maioria bêbados; chineses e indianos, bem, continuavam chineses e indianos.


Outra coisa que nos chamou a atenção foi a fila para uma lanchonete que servia hamburgues, cachorro-quentes, torta salgada, cerveja e refrigerante. Tinha mais de 60 pessoas na fila e o tempo de espera por pessoa era de até 4 min. Acho que se eu tivesse tentado, teria ficado na fila até o dia amanhecer. E claro que a maioria dos clientes era de......brasileiros.


Conseguimos um lugar na Puente de la Mujer e ficamos aguardando a grande hora. Foi um bom momento para observar os grupos que iam e vinham e rir muito da babilônia transloucada.


Chegada a hora, os fogos começaram em vários pontos dos diques e foram 
surpreendentes, muito bons mesmo. Apesar da saudade da família, ficamos muito felizes de estar aqui. Depois do show pirotécnico que durou mais de 40 min, ainda ficamos por alí curtindo as músicas nos restaurantes, vendo a decoração do Hilton. 


Lá pelas 2 da manhã, começamos a nos preocupar com como voltar para casa. Tentamos alguns taxis mas os motoristas estavam cobrando entre $200 e $300 por uma corrida que normalmente eu pago $30. Resolvemos então nos afastar de Puerto Madero e ir mais para o centro para tentar a sorte. No final conseguimos pegar um ônibus onde pagamos $1,25 por pessoa e chegamos muito tranquilamente em casa.


Resumindo, o Reveillon em Buenos Aires é interessante mas não se vê nenhuma grande manifestação a não ser em Puerto Madero. E se você quiser jantar nesta data tem que fazer uma reserva com pelo menos 1 semana de antecedência.




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