sexta-feira, 8 de junho de 2012

"Quase" neve


bbbbbrrrrrrrrr...........


Nesta semana realmente fez muito frio aqui em Buenos Aires. Apesar de ainda estarmos no outono, graças a uma massa polar a temperatura na quarta-feira chegou a 1.5 graus com sensação térmica de -2 graus devido ao vento. Houve até um ensaio de neve, com a garoa fina se transformando em pequenos cristais de gelo.
De modo geral, todo mundo estava torcendo para que nevasse mesmo. Havia uma empolgação geral com a situação, afinal a última vez que houve neve em Buenos Aires foi em 2007 e assim mesmo em pleno inverno.


Os turistas brasileiros também estavam animadíssimos com a perspectiva de ver neve na capital. Apesar de todo incomodo que o frio traz, essa semana era tudo só felicidade. E olha que, tirando o pessoal do Sul, nós brasileiros não temos roupas adequadas para o frio que faz aqui. Tinha gente tremendo de frio em Porto Madero e na Florida, mas firme e forte na hora de tirar foto ou caminhar entre as lojas.
No final da semana as temperaturas já estavam de novo ao patamar tradicional de 12 graus. 

domingo, 3 de junho de 2012

Instabilidade economica


No artigo anterior eu já descrevia um pouco sobre a situação financeira da Argentina e o impacto na renda dos expatriados.


Dentro de um cenário de instabilidade político-economica naturalmente ocorre a saída de divisas e investimentos do país e o cidadão começa a direcionar seus investimentos e economias para uma moeda mais forte, neste caso o dólar.
Como a Argentina passou por muitos golpes e reviravoltas e nunca houveram políticas de estabilização de longo prazo, a "dolarização" informal da economia é algo corrente e é muito comum encontrar lojas que aceitam Peso, Dólar e até Real como pagamento. Nesses estabelecimentos existe até uma tabelinha de conversão que, claro, utiliza o câmbio paralelo ou mesmo outra referência pessoal do dono da loja.


Como o governo sempre foi muito paternalista e essa característica se intensificou muito há 8 anos com as políticas populistas do presidente Néstor Kirshner, criou-se uma falsa impressão de desenvolvimento social e economico através do controle artificial do cambio, da supervalorização da moeda local, estatização de empresas e concessão de benefícios (subsídios) sem análise de sustentabilidade. Tudo isso gerou o cenário atual de endividamento público estratosférico.
Como a situação está insustentável, o governo resolveu adotar medidas radicais: suspensão generalizada das importações, controle ostensivo nos órgãos oficiais da venda de dólares, tentativa de controle do valor da cotação do dólar no cambio paralelo, retirada de subsídios para algumas regiões da capital.


Resumindo:

  • já estão faltando itens críticos como seringas, vacinas, medicamentos, peças de reposição de equipamentos médicos de mantuenção da vida; faltam peças de reposição de equipamentos agrícolas e industriais; faltam celulares, computadores, TVs e todo tipo de eletro-eletronico;
  • as pessoas não podem comprar dólares nos orgãos oficiais para viajar para fora do país, independente de ser viagem a trabalho ou a lazer
  • existe uma política de pressão nas casas de cambio para estabelecer um valor de dólar paralelo que seja interessante para o governo. Já há notícias de casas de cambio sendo fechadas por não aceitarem esse tipo de controle
  • os cidadãos estão retirando o dinheiro dos bancos para convertê-lo em dólar ou euro ou simplesmente para deixar guardado em casa. Isso está gerando uma pressão nos bancos para liquidez
  • empresas deficitárias estão sendo mantidas ou estatizadas para aumentar o controle do governo sobre a economia
  • a exemplo do que já havia ocorrido na Bolívia e Venezuela, houve a expropriação da principal companhia de petroleo do país;
  • os subsídios foram retirados de áreas importantes como transporte público de massa fazendo com que o valor gasto pelo trabalhador nos metrôs, onibus e taxis dobrasse no último ano. O governo também estabeleceu que removeria subsídios da energia, água e telefonia para bairros que foram considerados "reduto da classe dominante e pouco produtiva" (palavras da Presidenta) que são Palermo, Recoleta, Puerto Madero. O resto da cidade continua gozando do benefício.

Com tudo isso, tem aumentado o número de protestos ao longo do país e principalmente na Capital. Praticamente todas as noites há protestos em Palermo e Recoleta. Classes trabalhistas como os profissionais da saúde e trabalhadores da industria de gas e petroleo estão se mobilizando em massa. Até o FMI que tentou durante um ano obter os documentos para analisar a economia, se retirou do país e estabeleceu um ultimado para que a Argentina continue a ter crédito nos bancos internacionais.
Talvez eu tenha pintado o cenário de maneira muito cinza e enxergando tempestade em copo d'água, mas é certo que já estamos sentido no bolso esse descontrole. A Argentina continua sendo um país interessante em sua cultura e história, mas eu não estou aguardando os próximos capítulos antes de tomar qualquer medida de medio ou longo prazo.


Mais informação de outros meios:

Las restricciones a la compra de dólares y los rumores de una pesificación de depósitos golpeó a la bolsa que cerró 2,5% en baja, el dólar blue se disparó hasta los $5,30, el Riesgo País llegó a los 1.100 puntos, los bonos atados al PBI retrocedían 3,5%. También cayeron la Soja y las acciones de YPF tanto en Wall Street como en Buenos Aires. 


La economía argentina empieza la semana con los principales indicadores económicos mostrando cifras alarmantes, consecuencia de las medidas adoptadas por el Gobierno nacional en distintas áreas y de insistentes rumores que empiezan a circular en la city y que van desde un nuevo corralito a la pesificación de los depósitos.
Para empezar, el dólar: La semana pasada fue casi imposible comprar dólares en el mercado formal. Desde el jueves 10/05 el sistema de autorizaciones de la AFIP para la compra de la divisa rechazaba la mayoría de las solicitudes que hicieron los bancos y las casas de cambio. Previsiblemente comenzaron a aflorar con fuerza este lunes (14/05) los “arbolitos” y el dólar blue saltó a los 5,30 pesos. En tanto, el dólar para la fuga de capitales se ubicó en los 5,70 pesos.

En tanto, el riesgo país trepó a los 1.100 puntos básicos. "Esto es un caldero", disparó un operador de la city porteña citado por la agencia DYN: "Hay rumores de todo tipo desde un corralito a los depósitos en dólares hasta una pesificación con la entrega de un bono", explicaron fuentes vinculadas a mesas de dinero bancarias.

La caída en la bolsa porteña fue del 3%, donde influyó también la crisis de Grecia y el contexto internacional. Hubo bajas marcadas en acciones, títulos públicos y la soja. Los bonos de la deuda argentina vinculados al PBI cayeron al 2,9 por ciento.
La estrella de las acciones en baja este lunes (14/05) fue la ‘estatizada’ YPF: Sus papeles se desplomaron hasta el 7,11 por ciento, algo similar a lo que ocurrió en Wall Street donde la caída fue del 7,40%.
En Buenos Aires a YPF le siguió en caídas Edenor (-5,33 %), Pampa Holding (-5,22 %), Banco Macro (-4,58 %) y Telecom (-4,17 %).
En cuanto a la Soja, la baja llegó al 1,9% pero finalmente se ubicó en el 1% en Chicago a u$ 510,75 dólares. En tanto, el maíz cerró sin variación a 239,36 dólares  y el trigo subió 0,8% a 219,64 dólares. Pero en el Mercado a Término de Buenos Aires (MATBA), la soja cedió 2 dólares a 299 U$S/TN.
Fuente:  
Urgente 24
www.urgente2.com

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Lejos del objetivo oficial de proteger a los pequeños industriales, la mitad de las pymes locales afirman que están siendo perjudicadas por las restricciones a las importaciones impuestas por el Gobierno. Según un relevamiento privado, el 57% de las pequeñas y medianas empresas industriales sostiene que el sistema de control de importaciones que entró en vigor el 1° de febrero pasado repercutió en forma directa en su actividad.
En la inmensa mayoría de los casos el impacto fue negativo, aunque también hubo un porcentaje minoritario -el 12% de las pymes- que reconoció que la medida tuvo un resultado favorable al ponerle una barrera al ingreso de bienes que compiten con su producción en el mercado interno.
El grueso de las empresas industriales sostienen que se vieron perjudicadas por la dificultad para importar insumos de producción, mientras que otro porcentaje relevante (16,5%) comenta que también están sufriendo el impacto de las dificultades y costos adicionales que implica la gestión de las declaraciones juradas con información sobre los productos por importar, que deben presentar las empresas ante diferentes organismos, como la Secretaría de Comercio Interior, el Servicio Nacional de Sanidad y Calidad Agroalimentaria (Senasa) o el Registro Nacional de Armas (Renar).
Los datos sobre el impacto de las restricciones para importar en las pequeñas y medianas empresas se desprenden de una encuesta realizada en abril por la Fundación Observatorio Pyme entre 430 industriales de todo el país. El Observatorio Pyme es una entidad sin fines de lucro fundada por la Università di Bologna, la Organización Techint y la Unión Industrial Argentina (UIA), que realiza esta encuesta en forma trimestral desde hace más de siete años.
"Está claro que en una economía abierta como la de la Argentina el tema de los insumos es clave para las pymes. Igualmente, el sondeo da cuenta de un porcentaje de las empresas perjudicadas pero sin medir el grado de intensidad de las dificultades y el impacto que tienen las restricciones en su funcionamiento", explicó Vicente Donato, director del Observatorio Pyme.
De acuerdo con el mismo relevamiento, los problemas de las pymes no se terminan en las trabas que impuso Guillermo Moreno al comercio exterior. En el primer trimestre de 2012 se registró un estancamiento del nivel de actividad de las pymes industriales, que prácticamente no aumentaron sus cantidades vendidas respecto del trimestre anterior -con una suba del 0,7%- ni en términos interanuales (con un alza del 0,5 por ciento).
Anticipo
En el Observatorio Pyme destacan que los pequeños industriales en realidad lo que están haciendo es anticipar el comportamiento del resto de las empresas. "Esta desaceleración en el nivel de actividad, que de acuerdo con diferentes fuentes privadas y oficiales actualmente se da en el total de la industria manufacturera nacional, para las pymes del sector ya había comenzado a evidenciarse a partir del tercer trimestre de 2011", señaló el estudio privado.
En cambio, el índice que sí siguió creciendo con fuerza fue la facturación del sector, con un incremento interanual del 19,6%, lo que da cuenta del impacto de la inflación en la actividad industrial.
Las pymes industriales además continúan sin generar nuevo empleo. El nivel de ocupación se mantuvo estable en el primer trimestre con relación al cuarto de 2011, con un incremento de apenas 0,4%, mientras que la variación anual directamente fue negativa, con una caída del 2,3 por ciento. Por su parte, en los primeros meses de este año también disminuyó el nivel de demanda percibido por las pymes industriales. El 43% de los empresarios consultados calificó de "débil" la cartera de pedidos durante el primer trimestre de 2012, lo que implica un incremento de casi 18 puntos porcentuales en relación con el 25% que se había pronunciado en el mismo sentido en el mismo período de 2011.
La buena noticia del informe es que las pymes mantuvieron un uso intensivo de su capacidad instalada. "Durante el primer trimestre de este año la proporción utilizada de la capacidad instalada de planta de las firmas consultadas se ubicó en el 72,1%, ligeramente por debajo del registro de un año atrás (74,4%), aunque igualmente se mantuvo en un porcentaje alto y en línea con el promedio de la industria manufacturera a nivel nacional", destaca el informe..
Fuente: 
Diario La Nación
www.lanacion.com.ar