Ser "Palermitano"

Hoje descobri que sou "Parlemitano", como todo mundo que vive em Palermo.
Palermo era um bairro tão grande que teve que ser dividido em regionais: Palermo Soho, Palermo Hollywood, Palermo Baixo e só Palermo. Cada um desses lugares possui características bem particulares, mas de um modo geral, o estilão é sempre o mesmo.

Aqui existe toda uma mitologia sobre os "parlemitamos". Dizem as rádios e as pessoas de outros bairros que somos estranhos, diferentes. Segundo a opinião local, Palermo é um bairro que gera tendências e estilos e que possui uma renda per capita acima da média de Buenos Aires.

Também segundo a opinião local, as mulheres de Palermo são mais elegantes e usam muito mais roupas de marca (Zara, Lacoste, Ferrari, etc) e possuem um ar de superioridade irritante. Os homens são mais carrancudos, falam pouco, frequentam circulos sociais bem distintos (joquei, tenis, golf, rugby, etc). Resumindo, o resto do pessoal de BA, os "novos riquinhos" vivem em Palermo.

Todos os brasileiros que conheço que vivem em Porto Madero dizem que Palermo é muito distante de tudo, todos os argentinos que conheço, dizem que Palermo é o melhor local para se viver e que Porto Madero é muito comercial e não tem "vida de bairro".

O que posso dizer é que o bairro realmente é diferente dos demais, tem uma excelente infra-estrutura, grande abrangência de serviços públicos, segurança, grandes áreas públicas de lazer e não é barulhento ou tumultuado. Na região onde vivo, tem tudo perto - supermercado, farmácia, bares, restaurantes, delegacia de policia, hospital, transporte (onibus e metrô) além de parques e praças onde se pode caminhar, andar de patins, de bicicleta, fazer pic-nic ou simplesmente deitar ao sol.

Independente da opinião de um ou outro lado, gostei muito de Palermo e recomendo a todos que querem viver ou passar férias, de preferência que fiquem próximos à Av. Del Libertador. Daqui se pode conhecer a pé os principais pontos turisticos de Buenos Aires (Recoleta, Flor de Aço, Museus) e se chega rapidamente às ruas Florida e Córdoba de metro ou taxi.


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Agora com DNI

Esta semana recebi meu DNI ou Documento Nacional de Identidade, que é como o RG+CPF aqui da Argentina.

Agora já posso comprar telefone celular, carro, fazer financiamento, etc. Acho que agora eu começo a ter os mesmos direitos e deveres de um cidadão argentino.

Bem, uma vez que eu já entrei no país com a documentação do visto fornecida pela Embaixada da Argentina no Brasil, já tinha carimbado no meu passaporte o status de cidadão temporário, faltava regularizar a documentação para uso dentro do país.

Mas para conseguir o documento foi preciso uma verdadeira romaria em comissarias de policia (delegacias) e quase uma manhã no departamento de registro de estrangeiros. Mas deixa eu explicar melhor: quando se é expatriado, ou seja, está na Argentina para trabalhar por um período pré determinado e inferior a 3 anos, você precisa ter o documento de cidadão temporário, que é o mesmo DNI de um nativo só que com uma observação adicional.

A romaria aconteceu porque recebi somente a informação de que, além dos documentos já fornecidos pela Embaixada, eu deveria também providenciar um certificado de domicílio que só é emitido nas comissarias (ou delegacias) da polícia federal e que deve ser emitido com no máximo 3 dias de antecedência da data marcada para apresentação no departamento de registro de estrangeiros. Essa exigência de prazo de validade me soou estranha, mas já aprendi a não discutir a estrutura organizacional daqui.

Para mim era uma coisa simples. Para tentar melhorar a questão de logística, localizei na internet a comissaria mais próxima do meu local de trabalho e sai mais cedo do escritório para atender ao horário de atendimento informado que era até às 16:00h. Chegando lá fui informado que, como moro em Palermo deveria procurar a comissaria de Palermo.

Claro que saí correndo como um maluco pois eu estava em Puerto Madero e tinha 30 min para chegar em Palermo. Por sorte eu tinha conseguido o endereço da tal comissaria. Taxi ou metro, decisão difícil. Opei pelo taxi pela flexibilidade...e me dei mal.

Dei o azar de pegar um motorista que fazia questão de dar passagem a todos os outros carros, esperar por todos os pedestres que atravessavam mesmo com o sinal fechado, demorar a arrancar em todos os semáforos. Resumindo: um ser de outro planeta na Argentina. Nunca tinha visto e nunca mais vi um motorista como aquele. Chego a pensar que foi uma ilusão da Matrix.....

Como o cara não andava, depois de gastar 20min do meu tempo e não sair do micro centro, paguei os $20 da corrida, desci do taxi, peguei o metro e rezei para não haver nenhuma passeata que interrompesse o serviço dos trens. As 15:55h estava na porta da comissaria indicada em Palermo, suado, bufando, mas no horário.

Após as informações iniciais sobre o que eu queria, quase caí sentado quando o atendente me disse que não havia horário de final de expediente. As comissarias funcionam 24x7. Fiquei pensando no camarada da outra delegacia que não me disse esse dado essencial...filho de....

Bem, pelo menos era uma notícia boa, mas tinha também a ruim. Por Palermo ser um bairro muito grande, haviam várias comissarias que atendiam por regiões e, claro, aquela não era a da minha região. Depois de 20 min de conversa entre os policiais, deu para eu recuperar o fôlego e conseguir o endereço de onde eu realmente deveria ir. Sabe onde? A três quadras da minha casa!!

Bem, raiva aliviada, consegui o certificado de domicílio depois de pagar $10. Um formuláriozinho de meia folha, preenchido à mão, sem selos ou timbres especiais. Quase um papel de pão.

Com isso, o passaporte e os documentos da Embaixada, fui ao departamento de registro de estrangeiros e fiquei lá quase a manhã toda atendendo á burocracia local. Mas isso é história para outro post.

O que importa é que no final deu tudo certo e 10 dias depois do registro eu estava recebendo o documento em casa.

Agora terei que fazer o mesmo processo para os vistos de minha familia.


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La Plata

Eu fui ao jogo do Brasil em La Plata neste fim de semana.

Claro, todos já sabem, o Brasil perdeu e agora muitos de meus amigos estão me chamando de pé frio. Tudo bem que depois que cheguei na Argentina, um vulcão entrou em erupção, houve um caos aéreo, uma greve geral no interior do país e agora a seleção brasileira foi eliminada pelo Paraguai, mas isso não quer dizer que sou pé frio.

Tirando os eventos naturais que colocaram uma pitada de tempero na vida de muita gente, a seleção estava tão ruim que nem entendíamos como tinha chegado tão longe. Não era preciso nenhuma influência externa para que aquele resultado acontecesse.

Mas independente disso, sei que meus amigos vão fazer questão de me lembrar por muito tempo, então vamos à aventura, que é o que interessa.


La Plata é a capital da província de Buenos Aires e dista 60km da cidade de Buenos Aires que é a capital federal do país. Uma cidade média se comparada à capital federal, mas com boa infra-estrutura e uma tranquilidade típica de interior, só quebrada pelo burburinho dos turistas frequentes.

Em La Plata está localizada a 2a. maior catedral em estilo neo-gótico da América do Sul. Uma construção simplesmente estonteante. É uma obra de arte e vale a pena ir à cidade só para ficar um tempinho sentado num dos bancos da igreja apreciando a arquitetura. Se você gosta de arte então vai ter o que apreciar.

Outra grande obra de engenharia da cidade é o Estádio Unico de La Plata, onde a seleção (diz que) jogou. Um estádio novo, bem montado e que permite boa visibilidade da partida e dos jogadores. A qualidade e eficiência dos serviços de suporte é que deixa a desejar. Tentar comer um cachorro quente no intervalo das partidas é um sacrifício e uma lata de coca-cola custa R$ 7,00.

Como a cidade está localizada em uma grande planície, venta muito e faz muito frio, então esteja preparado para isso, principalmente no estádio que está num dos pontos mais elevados da região.

As opções de transporte saindo de Buenos Aires são: 1) onibus; 2) trem; 3) taxi; 4) carro alugado.

O onibus que faz a linha é parecido com os ônibus metropolitanos aí do Brasil, quadradões e sem conforto. É uma opção barata e, segundo me disseram, mais segura que o trem.

A estação onde se pega o trem (Constitución) deixa a desejar em termos de organização e segurança e como o percurso é muito longo, acontece dos vagões ficarem vazios e isso não é o ideal para turistas.

A grande desvantagem desses dois meios de transporte é que os terminais de La Plata ficam distantes de tudo e aí você tem que ter disposição para bater perna.

Pode-se ir de taxi combinando os valores com o motorista, mas vai sair tão ou mais caro que alugar um carro.

Pessoalmente optei pelo aluguel. Paguei o equivalente a R$ 180,00 por dia por um Corsa Sedan 1.4 com GPS e km livre e gastei $50,00 (pesos) de gasolina para ir e voltar. Como a maior parte do caminho é por uma auto-estrada em excelentes condições e quase em linha reta, a viagem é muito tranquila. Neste caso, você tem que considerar também o pagamento de 2 pedágios, num total de $ 4,40 para cada trecho (ida e volta).

Resumindo, é um passeio interessante para se fazer com a familia num domingão, mas para quem está com o tempo curto existem opções melhores dentro de Buenos Aires.
 Que venha 2014 com mais sorte e competência.


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Trem de la Costa e Tigre

Neste domingo fomos conhecer o Tigre, famosa cidade turística dos arredores de Buenos Aires e começamos o passeio com sorte pois a temperatura estava amena e o dia bastante ensolarado.

Há 5 maneiras de ir ao Tigre: 1) Pelo famoso Trem da Costa ("Tren de la Costa"); 2) Pelo TBA, trem metropolitano de Buenos Aires; 3) De taxi; 4) De carro próprio; 5) Usando um misto de onibus e Trem da Costa.

Seguindo todos os conselhos e roteiros publicados, optamos pelo Trem da Costa. Muita gente fala muito bem desse trajeto, apresentando como tendo lindas paisagens e um trajeto bem pitoresco. Foi uma excelente oportunidade de descobrir que pitoresco é uma palavra com muitos significados.

O trajeto começa com o trem da TBA na estação Retiro e você tem que desembarcar na estação Olivos, andar 6 quadras e então pegar o Trem da Costa. Não faz muito sentido pois se você continuar no TBA também chega ao Tigre, com a pequena diferença de só pagar por tickets de ida e volta $2,50 contra $34,00 daquele outro (Trem da Costa). Tanto para ir quanto para voltar você depende do TBA.

Além disso, o trajeto do Trem da Costa não tem nada de excepcional e para piorar a empresa de trens fez uma série de pinturas nos vagões exatamente do lado onde se vê (ou veria) o rio e os canais. Um fiasco!

O que eu recomendo a todos: se você vai curtir o Tigre, vá e volte de TBA. O trem não é lá um Expresso do Oriente nem um TGV franco-britânico mas é bastante confortável, seguro e confiável. E como você vai embarcar e desembarcar nas estações terminais, sempre vai sentado. O tempo de cada trecho é de 50 minutos.


Bem, o Tigre é um lugar bonito, tem alguns museus, alguns bons restaurantes, e os passeios de barco são até interessantes, mas não espere mais que isso. Acredito até que no verão não seja uma boa época de ir
pois toda a Buenos Aires vai estar lá.

Entre as opções de lazer há um parque de diversões, uma miniatura de Beto Carrero, com roda gigante, 2 montanhas russas e outras atrações. Se você for num domingo ou feriado, esteja preparado para as filas e o ingresso custa em torno de $70,00. Evite os restaurantes que ficam na região da estação Delta (Trem da Costa) e do parque. A comida não é boa, o atendimento é demorado e o preço é salgado.

Na parte central, que fica mais próxima à estação do TBA, ficam a maior parte das opções, inclusive é lá que se concentram os terminais dos barcos de passeio - desde grandes catamarãs até pequenas canoas a remo. Os preços e o tempo de passeio variam de acordo com o bolso de cada um. Considero uma boa opção fazer um passeio num grande catamarã com duração de 1 hora. Custa $50,00 e te dá a oportunidade de conhecer um pouco da região sem muito cansaço e O barco possui um restaurante de onde se pode apreciar a paisagem com conforto.

Próximo ao terminal dos catamarãs existe um restaurante bem montado e com preço muito atraente. Por $40,00 você tem prato principal, sobremesa, bebida (água, refrigerante ou suco) e café. Considerando que um Triple Mac custa $34,00 é uma excelente opção.

Seguem algumas fotos de referência.

Se você optar por ir de taxi, a viagem vai ficar em torno de $90,00. Neste caso, tenha em mente que em Tigre não há a fartura de taxis de Buenos Aires e que você poderá ser obrigado a voltar de trem. Para quem vai de carro, o pesadelo é achar estacionamento e dirigir nas ruas estreitas e lotadas de pessoas e carros.


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Clima, Comportamento e Futebol

Ontem fez um calor fora do comum para os padrões do inverno, chegamos quase a 19 graus.

A cada dia me parece mais que os portenhos estão melhor estruturados para viver no frio que no calor, mesmo quando o calor não é tão quente assim. As pessoas ficam muito irritadas, o buzinaço nas ruas aumenta e até os cafés ficam mais vazios. Sem contar que o cheiro resultante do acúmulo de gente suada no metrô é algo a ser discutido em outro fórum.

Pessoalmente eu achei muito bom essa subida nas temperaturas. E hoje como foi feriado nacional por aqui (Dia da Independência), tivemos a opotunidade de nos comportar como "calangos ao sol". Pela primeira vez desde que chegamos, conseguimos ficar sem blusas de frio na rua e ainda pegamos um solzinho muito bom.

Vista do parque Rosedal com seus jardins de rosas

Bem, nesta semana consegui capturar alguns detalhes interessantes do comportamento das pessoas em relação aos demais e às regras sociais. Outro dia, o metrô estava bem cheio por volta das 17:30h e uma moça entrou e já se anunciou como estando "embarazada" (grávida). Imediatamente um senhor que estava de pé cutucou outro que estava sentado e solicitou que este se levantasse para dar lugar à moça, o que ocorreu de pronto, com extrema boa vontade e atenção. Nenhum dos três (homens e a mulher) se conheciam e a ação se desenrolou com muita naturalidade.

Outra coisa interessante aconteceu quando um veículo avançou o sinal vermelho e quase atropelou uma jovem que atravessava a rua. Todos os transeuntes começaram a xingar o motorista que, para azar deste, teve que parar em outro sinal a pouco mais de 50m de distancia. Grande parte dos homens que também estavam atravessando a rua mudou de rumo e foi até o carro do indivíduo tomar satisfações. Os argentinos realmente dirigem muito mal (até eles mesmo reconhecem isso), mas quando a barberagem inclui desrespeitar regras básicas e colocar a vida de pedestres em risco, eles brigam mesmo.

Também falando de diferenças, na escola de minhas filhas houve preparação para a festa da independência com asteamento de bandeira, cantada de hino e formação cívica no pátio. Todos deveriam estar impecáveis usando o uniforme, alinhados em fila e cantando o hino, mesmo os estrangeiros. Há quanto tempo não se vê isso no Brasil!

Não sei, mas acho que no Brasil estamos meio que anestesiados do senso de civismo. Tudo nos parece comum, banal e sem importância. Gentilezas não são mais comuns e a quebra de regras faz parte do cotidiano e essa atitude "torta" é quase que aceita como sendo "a regra".

Não estou dizendo que eles são melhores que nós, nem que são perfeitos, nem que sirvam de exemplo. A sociedade aqui também tem suas chagas e mazelas. O que coloco aqui é que talvez estejamos abrindo mão de coisas como civismo, patriotismo, respeito às instituições simplesmente porque é fora de moda. E neste caso, o que vamos deixar para nossos netos? Pagode, funk, pichações e 300 picaretas com anel de doutor aprontando todas numa cidade encantada chamada Brasília.



Bem, mas vamos deixar a filosofia de lado (acho que realmente divaguei) e falar de coisas mais amenas e divertidas. Existe um comercial da Coca-Cola que está sendo exibido nos países participantes da Copa América e que, pelo fato de ser extremamente simples, é genial. Seguem abaixo os endereços das principais variantes que estão sendo exibidas em cada país:


Peru x Argentina : http://www.youtube.com/watch?v=WNzEHZ_wr_E
Bolivia x Argentina: http://www.youtube.com/watch?v=L73UGwHOD-g

e claro não poderia deixar de ser...

Argentina x Brasil: http://www.youtube.com/watch?v=Wzt7YHcXVUs

 

Eu rolo de rir cada vez que vejo um comercial desses. Agora, do jeito que nossa seleção está jogando, não está muito difícil dessa pequena obra de ficção se tornar realidade....


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Lá vem as cinzas outras vez...

Nunca imaginei que um evento natural a milhares de kilometros de distância de Buenos Aires fossa causar tanto problema aqui.

Claro que estou me referindo ao vulcão Puyehue no Chile. Desde o dia 04/06 esse cara tem afetado diretamente nossas vidas, mesmo estando quase lá no Pacífico. O camarada lá tem mesmo um ego imenso pois já prejudicou até a Austrália!

Para completar, ontem estava retornando do Brasil quando todos os voos para Buenos Aires foram novamente cancelados porque o nosso amigo resolveu soltar cinzas. Fiquei naquela confusão típica de aeroporto brasileiro quando algo dá errado - ninguém nos balcões de informação, informações desencontradas circulando, pessoas tentando ajuda e outras tentando matar alguém das companhia aérea.

Uma coisa é certa e clara: as companhias não estão preparadas para situações fora do cumum, quem dirá para situações de emergência. Mesmo já tendo ocorrido várias paralizações por causa do vulcão (acho que já foram 5), não existe um plano de ação que possa ser implementado rapidamente e não há funcionários treinados para fornecer informações claras ao cliente. O pessoal da ANAC então é quem mais atrapalha. O máximo que fizeram ontem foi enviar reforço de segurança para conter os mais exaltados. Agora é só pensar em como será na Copa do Mundo e nas Olimpíadas.

Bem, voltando ao assunto de início desse post, seguem alguma fotos para vocês entenderem porque um vulcão lá no Pacífico, paraliza as operações aéreas aqui no Atlantico.

Só espero que eu consiga decolar hoje....

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