domingo, 28 de agosto de 2011

Jardim Japonês

O Jardim Japonês foi construído em 1967, durante a visita dos príncipes herdeiros do Japão Akihito e Michiko (atuais Imperadores). Foi um presente do Japão à Buenos Aires, que possui uma comunidade japonesa bastante significativa.

Tudo lá tem um significado. A ponte vermelha representa o caminho ao paraíso; as rochas, a terra fértil e forte; a água, a renovação constante; os peixes, a força e a longevidade... tudo foi feito seguindo as regras da cultura japonesa para proporcuinar um santuário de tranquilidade e paz.

O local é mantido por uma ONG e possui atividades culturais o ano todo. Se durante sua visita você tiver sorte, pode presenciar eventos característicos da cultura japonesa como a cerimônia do chá, uma demonstração da luta dos Samurais ou de Aikido, da arte do bonsai ou ainda, do artesanato japonês. Informações detalhadas sobre os eventos e suas datas podem ser acessadas no site oficial: http://www.jardinjapones.org.ar/




No grande lago do Jardim se pode encontrar muitas carpas enormes! Basta você se aproximar um pouco das margens que elas já vêm a tona â procura de comida. Você pode adquirir um pequeno saquinho de ração balanceada para peixes dentro do parque. Para quem possui crianças é diversão na certa.



Ao longo do Jardim existem várias esculturas e estruturas que enaltecem algum ponto da cultura japonesa, o equilíbrio entre as coisas, a paz interior. Vale a pena dedicar algumas horas para visualizar tudo e curtir a beleza e a calma do lugar.



Além da estrutura do jardim existe também um museu e um restaurante muito bem equipado, que oferece (claro) comidas típicas japonesas. Vale a pena almoçar por lá ou tomar um chá de fim de tarde.



Está localizado em Palermo na Av. Casares ao lado da Praça Sicília. É um local de referência e qualquer motorista de taxi consegue chegar lá sem problemas.

A entrada é paga e custa $ 8,00 (aprox. R$ 3,00) por pessoa e o jardim funciona de 10:00h às 18:00h todos os dias.



Nem é preciso dizer que a melhor época para visitar o Jardim Japones é a primavera.


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sábado, 27 de agosto de 2011

Um passeio por San Telmo

Localizada no bairro de mesmo nome, a Feira de San Telmo é uma referência para quem vem a Buenos Aires.

O nome correto é Feira de San Pedro Telmo e trata-se de feira de antiguidades e artesanato ao ar livre que acontece aos domingos e feriados e ocupa a Rua Defensa desde a Praça de Maio até a Praça Dorrego. São 10 quadras onde se pode encontrar todo tipo de quinquilharia, trabalhos de artesanato local, artistas de rua, comidas típicas, etc. Tivemos até a oportunidade de encontrar "Jack Sparrow" em carne e osso, com todos os trejeitos e acessórios (inclusive a famosa bússola).



A praça Dorrego é o ponto alto da feira e é por lá que se deve começar a maratona. Todo o espaço das ruas e da própria praça é ocupado por barracas de antiguidades. Imagine tudo aquilo que você, seus pais e seus avós jogaram fora a vida toda porque não servia para mais nada. Provavelmente tem um igual lá na feira, e o melhor, original.



Não se trata de adaptações ou réplicas. As coisas são originalmente antigas mesmo. Tem desde torneiras de bronze até garrafas decorativas, passando por maçanetas, facas, copos, taças, baixelas, lampiões, placas de sinalização de ruas e edifícios e roupas.

Esse último item me deixou com um frio na espinha. Será que tem alguém que compraria um casaco de peles que foi de outra pessoa já falecida e que não foi limpo desde o último uso ?! Pois é, lá tem um monte de roupa de gente que já passou dessa para uma melhor - arrggh!

Mas também tem coisas muito interessantes, itens que podem ser usados como decoração de interiores, itens de colecionador (placas de carro, cameras fotográficas, filmadoras, peças em madeira, fotos). Se você tiver foco e paciência, pode garimpar coisas muito legais.





Descendo a rua Defensa existe toda uma variedade de tipos com seus artesanatos algumas vezes de gosto duvidoso, artistas de rua, vendedores de comida, etc. É uma babilônia muito divertida por sinal.

Devido à enorme quantidade de turistas, principalmente americanos, você tem que pesquisar bastante e chorar um pouco para conseguir preços mais em conta. Afinal todo mundo sabe que só existem coisas supérfluas naquele local e, com o dolar e o euro super valorizados por aqui, os turistas americanos e europeus não estão muito preocupados com o custo.



A medida que você se aproxima da Praça de Maio, a feira vai ficando mais "elitizada", com barracas mais organizadas, mais artesanato e quase nada de antiguidades. Na minha opinião, a melhor parte fica nos três quarteirões entre a Praça Dorrego e a Av. Independência.

Lá no final fica a praça Dorrego


Não precisa se preocupar com comida. Ao londo da feira existem vários restaurantes e cafés, que colocam suas mesas nas calçadas deixando o ambiente tipicamente argentino. Mas continua valendo a regra da pesquisa pelo melhor preço e serviço.



Como em todo aglomerado de pessoas, todo cuidado é pouco com bolsas e carteiras. O policiamento é bem feito e bastante presente, mas não é infalível se você não cuida dos seus pertences.

Para chegar lá, para quem vai de onibus ou metrô e quer começar a caminhada pela Praça Dorrego, a melhor referência é ir até a Praça 9 de Julio (Obelisco) e pegar a linha C do metrô no sentido Constitucion, descer na estação San Juan e caminhar 6 quadras pela Av. San Juan até a rua Defensa. Parece complicado mas o caminho é muito tranquilo de ser feito.



Outra opção é ir de taxi e ainda se pode começar a caminhada pela feira partindo da Praça de Maio. Pessoalmente eu gosto de caminhar pela cidade e quase sempre opto pelo metrô.


Mais informações consulte o site oficial da feira:

http://www.feriadesantelmo.com/menu.htm


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sábado, 13 de agosto de 2011

Indo ao Uruguai

Para fechar a questão da documentação de minha familia, assim que recebi os papéis do consulado da Argentina no Brasil programei uma viagem a Colonia, que fica no Uruguai.

Acho que aqui vale explicar um ponto: para se obter o visto (temporário ou permanente) você tem que apresentar a documentação necessária a um fiscal da imigração, o que só existe nas fronteiras. Assim, como já estávamos na Argentina com o visto de turista que tem validade de 90 dias, tinhamos que sair do país e entrar novamente.

Para isso, escolhemos Colonia pois além de estar próxima de Buenos Aires também é um núcleo histórico famoso.



 
Realmente o clima ajudou e o dia começou limpo, com sol e com temperatura muito agradável. Pegamos a balsa e partimos por volta das 08:30h. Viajem tranquila, bem confortável, com uma hora passeio estávamos desembarcando.

A cidade é pequena (26 mil habitantes) mas o centro histórico se parece muito com Parati, com casas e ruas centenárias. Tudo é muito simples mas muito bem cuidado e com uma infra-estrutura de restaurantes bastante ampla. Mas tem que ficar atento pois só vale a pena em dias de sol e fora do verão, que é a estação de temporada deles.

Se algum de vocês vier a BAs e tiver um dia extra, vale a pena pensar em Colonia. O pacote da Buquebus com passagem de ida e volta, almoço, tour de onibus e caminhada pelo centro histórico com acompanhamento de guias sai por $ 560,00 (ou R$ 210,00) por pessoa. E o bom é que nem precisa trocar dinheiro pois eles aceitam todos os cartões de crédito, pesos argentinos e dólares. Dependendo da época e da antecedência com que você compra os tickets o preço sai mais em conta.



A Colonia Express é o concorrente mais antigo da Buquebus. Só opera com buques rápidos e não carrega carros. A Seacat é o concorrente mais novo. Tem catamarãs compactos e rápidos e não carrega carros.

Para embarcar você tem que seguir algumas regras básicas:



1) A compra pode ser feita pela internet (http://www.buquebus.com/), mas imprima seu ticket. O checkin é mais rápido e seguro;

2) Se você pretende ficar só um dia, o jeito mais fácil é selecionar "Day tour" no site da Buquebus;

3) Existem barcos que fazem o percurso em 1h e 3h. Recomendo fortemente escolher o de menor tempo;

4) Segue com antecedência de 1h, principalmente nos finais de semana. Sempre existe uma fila que, apesar da eficiência do pessoal de embarque, pode demorar um pouco;

5) Lembre-se que o Uruguai, apesar de próximo, é outro país e, consequentemente, existe o processo de imigração com apresentação e carimbo de documentos. Para quem faz parte do Mercosul, passaporte não é obrigatório, mas não te livra do processo;

6) No barco não existem lugares marcados e as janelas são sempre muito disputadas, então se você está em familia ou grupos grandes, chegue mais cedo, resolva logo as questões de imigração e entre logo na fila de embarque;

7) Existe uma lanchonete dentro do barco que trabalha com dolares, pesos argentinos e pesos uruguaios. Cartões de crédito não funcionam e o troco vem sempre em pesos argentinos ou uruguaios. Você escolhe;

8) Dentro do barco existe um "duty-free" que abre 15 minutos após o início da viagem e fecha quando faltam 15 minutos para chegar. Sinceramente não achei nada de interessante lá e a cotação do dólar adotada como referência para as compras fica sempre 10% acima do normal em Buenos Aires, portanto, cuidado.

9) Se você escolheu um horário de volta e resolveu mudar (para mais cedo ou mais tarde pode solicitá-lo nos balcões de check-in em Buenos Aires ou Colonia, sendo que neste último você deve solicitar assim que chegar a Colonia. Tudo claro, está sujeito a disponibilidade de vagas e não há custos adicionais;



Bem, é isso. Espero que eu tenha ajudado. Boa sorte.


   




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